Voltar para Home/ Voltar para Página inicial/ Página Inicial Pular para o conteúdo

Logo: Sociedade Alemã de Amparo à Pesquisa (DFG) - Ir para a página inicial Deutsche Forschungsgemeinschaft

Pesquisa alemã atrai grande interesse no encontro da SBPMat no Brasil

(30.09.19) A edição deste ano do XVIII Encontro da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat), que aconteceu na cidade de Balneário de Camboriú em Santa Catarina de 22 a 26 de setembro, reuniu cerca de 1.600 cientistas do Brasil e do exterior, o maior número de participantes até o momento. Fez parte da programação do evento, pela segunda vez, a apresentação da iniciativa Research in Germany, na qual a DFG América Latina participou ativamente.

No estande do „Research in Germany“: Graziele Lautenschlaeger (DAAD), Prof. Joachim Heberle (FU Berlin), Maxi Neidhardt (DFG), Prof. Renata Autoun Simão (UFRJ)

No estande do „Research in Germany“: Graziele Lautenschlaeger (DAAD), Prof. Joachim Heberle (FU Berlin), Maxi Neidhardt (DFG), Prof. Renata Autoun Simão (UFRJ)

© DFG

O encontro teve início com a palestra memorial da pesquisadora brasileira Profª Drª Yvonne Primerano Mascarenhas, que foi a primeira mulher no corpo docente da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, além de ter tido papel fundamental na criação do Instituto de Química e Física da universidade. Na palestra, ela traçou um esboço da cristalografia no Brasil, a começar pelo Laboratório de Cristalografia, criado na década de 1960, que foi continuamente modernizado e financiado pelas agências de fomento CNPq, Fapesp e Finep ao longo dos anos. Outro destaque do desenvolvimento da área no Brasil foi o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), inaugurado em 1997. Atualmente, a comunidade científica aguarda a implementação do novo acelerador de partículas Sirius no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) em Campinas. Custando 1,8 bilhão de dólares, o projeto é o maior e mais complexo, em termos tecnológicos, já realizado pela ciência do país. Espera-se que a instalação contribua para a competitividade internacional da ciência brasileira e atraia pesquisadores de todo o mundo.

Ao longo de toda a conferência, inúmeros participantes do congresso, principalmente das áreas de ciência dos materiais, química, física e engenharia, aproveitaram a oportunidade para receber orientação sobre oportunidades diversas de pesquisa e fomento na Alemanha e para se informar sobre programas de intercâmbio acadêmico e cooperações científicas bilaterais no estande da iniciativa Research in Germany.

Um grande número de interessados participou do evento

Um grande número de interessados participou do evento

© DFG

Já no dia 24 de setembro, as relações científicas entre Brasil e Alemanha tiveram grande destaque por meio da Lunch Session “Material bonds: Brazilian-German Exchanges in Material Research”. Participou do encontro um público misto composto por quase 200 estudantes, doutorandos, pós-doutorandos e pesquisadores experientes que acompanhou as palestras dos pesquisadores participantes e das instituições de fomento representadas no evento.

Palestra do Prof. Norbert Koch (HU Berlin)

Palestra do Prof. Norbert Koch (HU Berlin)

© DFG

A sessão foi introduzida pelo Prof. Dr. Norbert Koch, atuante no Integrative Research Institute for the Sciences (IRIS) Adlershof da Humboldt-Universität zu Berlin e no Helmholtz-Zentrum Berlin für Materialien und Energie - HZB (“Centro Helmholtz de Materiais e Energia Berlim – HZB”, em tradução livre), que apresentou brevemente essas instalações e também seu trabalho de pesquisa no Collaborative Research Centre 951: Hybrid Inorganic/Organic Systems for Opto-Electronics (HIOS), projeto que é fomentado pela DFG. O Prof. Koch encerrou a palestra com dicas e sugestões excelentes para estabelecer contato com pesquisadores da Alemanha.

Logo em seguida, a Profª Drª Renata Autoun Simão, do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE/UFRJ), atraiu enorme interesse do público ao partilhar sua experiência como cientista brasileira na Alemanha, ela não apenas se referiu ao local de pesquisa onde esteve, mas também a aspectos relevantes do cotidiano de uma estadia no exterior. Já o Prof. Dr. Joachim Heberle, do Institute of Experimental Molecular Biophysics da Freie Universität Berlin, desempenhou seu papel como membro do Conselho da DFG, Ombudsman para assuntos científicos, e explicou, com base em exemplos elucidativos de má conduta científica, como as diretrizes para boas práticas científicas foram criadas e desenvolvidas, tema que está em alta no Brasil. Para encerrar a sessão, Graziele Lautenschlaeger, do escritório regional do DAAD no Rio de Janeiro, e Maxi Neidhardt, da DFG América Latina, informaram sobre programas de fomento oferecidos pelas respectivas instituições e apresentaram opções de financiamento para projetos de pesquisa bilaterais.