Presidente da DFG reúne-se com organizações parceiras no Brasil

(8/5/2019) Em viagem ao Brasil realizada na última semana, o presidente da DFG, Prof. Peter Strohschneider, teve a oportunidade de reunir-se pela primeira vez com os novos presidentes das agências de fomento brasileiras de nível federal – CAPES e CNPq – e reafirmar a continuidade das colaborações.

Prof. Correia e Prof. Strohschneider durante reunião em Brasília

Prof. Correia e Prof. Strohschneider durante reunião em Brasília

© DFG

No dia 29 de abril, o presidente da CAPES, Prof. Anderson Ribeiro Correia, recebeu em seu gabinete em Brasília o Prof. Strohschneider e a delegação da DFG que o acompanhava. No encontro, Correia destacou sua grande afinidade com a Alemanha e o fato desta ser o país com o qual a CAPES mantém maior diversidade de cooperação, no que diz respeito a variedade de programas e estruturas de fomento com diferentes parceiros – dentre eles, a DFG.

Iniciada em 1995, a colaboração entre as duas organizações é muito significante e vem possibilitando o fomentando conjunto de projetos de pesquisas binacionais de peso. Um dos destaques é a iniciativa BRAGECRIM, na área de manufatura avançada. Formada em 2008, a rede reuniu ao longo de dez anos mais de 300 cientistas de diferentes instituições de pesquisa do Brasil e da Alemanha. “A CAPES é uma parceira de longa data. É possível observar que esta parceria se fortaleceu ao longo dos últimos anos e hoje é de grande significância para a DFG no Brasil”, declarou Strohschneider a Correia.

Dentre as ações mais recentes está o programa DFG-CAPES Collaborative Research Initiative que, inspirado no BRAGECRIM, fomenta a formação de redes de pesquisa em outras áreas do conhecimento. Até o momento, já foram abertas chamadas nas áreas de química, engenharia e direito e estuda-se a possibilidade de expandir a iniciativa para novos campos. Ambas organizações também vêm considerando ampliar as modalidades de fomento conjunto. Uma das possibilidades levantadas na reunião seria o financiamento de programas de doutorado internacional, segundo a modalidade Grupo Internacional de Doutorandos da DFG.

Correia ressaltou que, apesar da restrição orçamentária, a CAPES mantém entre suas maiores prioridades a cooperação internacional, à exemplo da relevância do programa PrInt lançado em 2017: “Entendemos que esse é um caminho imprescindível para nossas universidades se destacarem no cenário científico global”. Segundo ele, a Alemanha é um dos principais países parceiros das universidades comtempladas pelo PrInt. “Diante deste cenário promissor, o programa deve viabilizar o surgimento de novos projetos de pesquisa Brasil-Alemanha que poderão, potencialmente, se beneficiar das iniciativas conjuntas entre CAPES e DFG”, complementou.

Assinatura dos presidentes marca renovação do acordo de cooperação entre DFG e CNPq

Assinatura dos presidentes marca renovação do acordo de cooperação entre DFG e CNPq

© DFG

Após Brasília, o presidente da DFG seguiu para São Paulo, onde participou do Encontro Anual do Global Research Council e pôde reunir-se com Prof. João Luiz Filgueiras de Azevedo, presidente do CNPq, no dia 3 de maio. O encontro foi marcado pela assinatura da renovação do acordo de cooperação entre as duas organizações, parceiras desde 2007. O ato sinaliza boas perspectivas para o futuro da parceria: reafirma a continuidade das colaborações e o interesse mútuo para a retomadas de iniciativas conjuntas de fomento.

Alguns dias antes também na capital paulista, Strohschneider reuniu-se com a presidência da FAPESP – anfitriã do encontro do GRC e uma das organizações parceiras da DFG mais importantes em nível estadual. Em 30 de abril foi feito um balanço da parceria e discutidas perspectivas para o futuro, ao lado do presidente, Prof. Marco Antônio Zago, e do diretor científico, Prof. Carlos Henrique de Brito Cruz.

DFG e FAPESP reúnem-se em São Paulo. Ao centro, os presidentes Peter Strohscneider (DFG) e Marco Antônio Zago (FAPESP). À esquerda, Dietrich Halm e Kathrin Winkler (DFG). À direita, Carlos Henrique Brito e Euclides de Mesquita Neto (FAPESP).

DFG e FAPESP reúnem-se em São Paulo. Ao centro, os presidentes Peter Strohscneider (DFG) e Marco Antônio Zago (FAPESP). À esquerda, Dietrich Halm e Kathrin Winkler (DFG). À direita, Carlos Henrique Brito e Euclides de Mesquita Neto (FAPESP).

© DFG

Ambos presidentes concordaram sobre o sucesso da colaboração DFG-FAPESP que, iniciada em 2006, vem se fortalecendo cada vez mais. A similaridade de estrutura entre as duas agências faz com que a FAPESP seja hoje a única organização parceira no Brasil com a qual a DFG trabalha no modelo de fluxo contínuo e oferece uma ampla variedade de programas de fomento, incluindo a modalidade Grupo Internacional de Doutorandos. Dentre os desafios identificados está a melhor divulgação desta vasta gama de oportunidades, uma vez que o trabalho em fluxo contínuo não demanda a publicação de chamadas, pois os cientistas podem submeter propostas a qualquer momento. Novas estratégias de comunicação e esforços para ampliar a visibilidade foram levantados na reunião.

Também foram discutidas possibilidades de ampliar ainda mais a oferta de programas. Um interesse comum das duas organizações é o fomento de jovens pesquisadores – possíveis iniciativas conjuntas nesta direção foram abordadas na reunião.

Visita ministerial

Ministro Heiko Maas em discurso na Embaixada Alemã em Brasília

Ministro Heiko Maas em discurso na Embaixada Alemã em Brasília

© DFG

A viagem de Strohschneider ao Brasil coincidiu com a visita do ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, ao país. A coincidência rendeu uma recepção conjunta, em homenagem a presença das duas personalidades, na embaixada alemã em Brasília na noite de 29 de abril. Em seu discurso ao público, o ministro alemão não deixou de destacar a importância das relações Brasil-Alemanha no âmbito científico.

“Aproveito a presença de Strohschneider aqui para reforçar a importância da colaboração na pesquisa, no ensino e no aprendizado e que estes permaneçam livres de intromissões e interesses externos. Um bom exemplo são as 614 cooperações entre instituições de ensino superior alemãs e brasileiras. Também há cerca de 4 mil estudantes brasileiros na Alemanha, quase o dobro de 10 anos atrás. Acreditamos que este é o caminho certo e queremos continuar a segui-lo”, declarou Maas.